Campanhas distorcem dados da Educação e Segurança na Bahia para atacar adversários

 

Interpretações de dados precisam considerar contexto da pandemia, avalia especialista


Campanhas distorcem dados da Educação e Segurança na Bahia para atacar adversário



Foto: Alberto Coutinho/GOVBA

O resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) 2021, divulgado na última sexta-feira, tem sido amplamente utilizado nas campanhas políticas de candidatos ao governo da Bahia — tanto para atacar, de um lado, quanto para vangloriar-se, de outro. O estado atingiu 6 pontos na educação básica da rede estadual, 4,5 no Ensino Fundamental e 3,5 no Ensino Médio.


Como ocorreu com levantamentos anteriores, surgiram comparações com outros anos e estados — listados em rankings — e análises com diferentes recortes. Mas agora há uma diferença: a pandemia.


“Usar esses dados para comparar estados e municípios é irresponsabilidade. É tirar totalmente de contexto o cenário atípico em que as avaliações foram conduzidas, por conta da pandemia”, explica Gabriel Corrêa, líder de Políticas Educacionais da ONG Todos Pela Educação.


Corrêa avalia como desonesto o uso das informações do Ideb senão para “as escolas e secretarias, individualmente, nortearem suas ações de recuperação das aprendizagens”. Diante disso, a Todos Pela Educação publicou uma nota reforçando preocupações, sugerindo cautela nas análises.


Na nota, é destacada a baixa participação de alunos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do ano passado. Na Bahia, apenas 28% do público esperado compareceu — por isso não entrou nos cálculos nacionais.


Além disso, o comunicado lembra que a taxa de aprovação pode ter sido corrompida pela forma como cada escola resolveu lidar com a questão durante a crise sanitária: algumas adotaram a política de não reprovar alunos, outras não. Os dois parâmetros são utilizados para o resultado do Ideb. Fonte Metro1

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